
Procuram-se gerentes para atuar num dos setores mais promissores do país
Fonte: EXAME
Médias salariais para gerentes sênior chegam a 32 mil reais e remuneração pode atingir a casa dos 60 mil reais para diretores
São Paulo – “De repente surgiu o agronegócio na minha carreira. Um headhunter me liga e pergunta se eu conhecia a Agropalma”. Neste momento, em 2016, que a gerente executiva de RH, Marcella Novaes pensou pela primeira vez na vida em trabalhar para uma empresa do agronegócio.
Naquela ocasião, ela estava atuando na área de mineração e no seu currículo trazia passagens na indústria de tecnologia e varejo. “Ir para a mineração já foi uma disruptura, ir para o agronegócio foi outra”, conta a executiva.
A diferença é que a mineração havia sido um passo sonhado, planejado e fruto de um interesse pessoal, enquanto a migração da executiva para o agronegócio foi uma consequência do poder de atração de um setor que responde sozinho por mais de 20% do PIB. Vale lembrar que a empresa eleita em 2018 a melhor para trabalhar no Brasil pelo GUIA VOCÊ S/A, a São Martinho, é do agronegócio.
“A remuneração e o projeto na Agropalma me atraíram”, diz Marcella. Como gerente de RH da Agropalma, a missão principal oferecida à executiva foi a de redefinir a cultura da companhia produtora de óleo de palma. Pertencente ao conglomerado Alfa – dono do Banco Alfa, da C&C, Hotel Transamérica, La Basque, entre outras – a empresa buscava uma identidade corporativa única e marcante.
Confira as médias salariais oferecidas atualmente pelo setor de agronegócio para gerentes e diretores segundo a consultoria de recrutamento EXEC:
Atração em alta nos últimos três anos
Movimentos de carreira como o de Marcella crescem no Brasil. Monitoramento feito pela EXEC com 2.750 profissionais em cargos de gerência sênior e diretoria detectou um aumento progressivo na movimentação de executivos oriundos de outras indústrias para posições de liderança nas empresas do agronegócio nos últimos três anos.
Entre setembro de 2015 e 2016 o percentual de profissionais que migraram de outras indústrias representou 12% das contratações para cargos de liderança no agronegócio.
No mesmo intervalo, entre setembro de 2016 e o mesmo mês de 2017, subiu para 18%. Entre setembro de 2017 e setembro de 2018 bateu a marca de 20%.
Colecionando recordes em exportações bilionárias – e na participação no PIB brasileiro, o agronegócio destoa do restante da economia e precisa de novos perfis profissionais para manter seu protagonismo.
A crise econômica e a redução nos preços das commodities no mercado internacional estimularam a competitividade e a inovação, o que causou e ainda vem causando profunda renovação nas lideranças, segundo a sócia da EXEC, Camila Marion.
Matéria original: https://exame.abril.com.br/carreira/procuram-se-gerentes-para-um-dos-setores-mais-promissores-do-brasil/