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A HORA E A VEZ DOS RI´S – Profissionais de Relações com Investidores

A HORA E A VEZ DOS RI´S – Profissionais de Relações com Investidores

Há quase dois anos, escrevi um um artigo que abordava a evolução e o grau de importância de compliance no Brasil e no mundo. Eu sugeria um exercício de voltarmos duas décadas no tempo e avaliarmos o que representava o termo para as empresas à época, como as pessoas o encaravam e como ele se desenvolvia no ambiente corporativo até chegarmos nos dias de hoje.

Comentei sobre compliance para traçar um paralelo com uma área que tem mais ou menos o mesmo tempo de evolução: Relações com Investidores. Ou o antigo Diretor de Relações com Mercado (DRM).

Cada vez mais procurado no mercado, o papel desse profissional vai muito além de levar e trazer informações relevantes, é uma função baseada no relacionamento estratégico com diversos públicos e na geração de estratégias de longo e curto prazo.

Por que a demanda pelo profissional de Relações com Investidores cresceu?

Desde o início do ano passado, mais de 30 empresas foram listadas na B3 movimentando dezenas de bilhões de reais. São empresas de setores diversos, tais como varejo, saúde, transporte e mercado imobiliário.  Esse último em uma segunda onda de abertura de capital depois do forte movimento de 2006/2007, ocasião em que foram captados, neste setor, uma média de R$20BI. No ritmo em que estamos caminhando, é bem provável que o número de IPO´s aumente de forma significante até o fim do ano. Especialmente considerando que o volume de pedidos protocolados na CVM e que aguardam o aval da autarquia é de aproximadamente 40 empresas.  

Essa tendência de aumento de empresas na B3 gera um aumento na procura por profissionais de RI, essa procura ocorre, pois, as empresas precisam ter uma gestão profissional e atrativa para Investidores, o aumento na demanda escancara um déficit de profissionais preparados para tais cargos.

E por que existe esse déficit de profissionais de Relações com Investidores?  

Conversei com diversas pessoas experientes nessa função e é comum ouvir delas que “relações com investidores você só aprende trabalhando, no dia a dia”, em outras palavras, na prática. Ainda que existam cursos e literatura dedicadas a tal formação, estes acabam sendo mais voltados para a parte legal e de compliance da função. Fica a cargo de um número limitado de profissionais já preparados a tarefa de transmitir os “soft skills” aos aprendizes, tais como o traquejo de interagir com investidores e analistas (especialmente em situações mais delicadas e/ou de crise) bem como o formato mais adequado de disclosure nos releases.

E quais são essas softskills que o profissional de Relações com Investidores precisa ter?

Além das formações acadêmicas, esse profissional precisa possuir e desenvolver algumas Soft skills e eu destacaria:

  • Comunicação: em geral é muito clara, estruturada, objetiva, com bom nível de profundidade e embasamento técnico. Além disso são assertivos quando se faz necessário;

  • Sociabilidade: pelo fato de se relacionarem com o público constantemente, a pessoa tem essa habilidade desenvolvida ou precisa desenvolvê-la. Além do relacionamento com o mercado, o profissional de RI se relaciona com outras áreas da própria empresa, o que sugere que tenha bom nível de relacionamento interpessoal;

  • Gestão da Informação: é fundamental ter acesso, receber, processar e em seguida transmitir a informação da maneira correta. Em outras palavras, é responsabilidade do RI estar bem munido de dados e informações e gerenciá-las corretamente.

Para além das habilidades, vale destacar aquelas características comportamentais que mais chamam a atenção. É comum serem pessoas autoconfiantes, transmitindo informações com muita segurança quando é travado o diálogo com o mercado. São prudentes, já que lidam e transmite informações importantes ao mercado que podem impactar diretamente a empresa e, por fim, são pessoas com nível alto de energia. Muitas vezes o RI enfrente uma rotina de muitas reuniões abordando os mesmos temas, exigindo foco, atenção e muita disposição.

Sobre a atuação dos RIs

Por se tratar de uma área extremamente estratégica e ainda muito nova, os departamentos de RI ainda são muito enxutos, com uma certa dose de exagero, é praticamente um “one man show”.  Isso não quer dizer que não há espaço para absorver novos profissionais, pelo contrário, considerando tudo aquilo que mencionei sobre haver uma quantidade enorme de empresas se movimentando em direção à B3, as novas oportunidades vêm aparecendo com frequência e a tendência é de crescimento.

De 2018 a 2020, a EXEC entregou cerca de 7 (sete) projetos de RI, de gerentes a diretores estatutários, dentre os setores de infraestrutura, varejo, imobiliário, energia e tecnologia. Só em 2021 já surgiram novos 4 (quatro), o que deixa claro a crescente demanda.

Uma dica para aqueles que têm interesse no tema: não se limitem à teoria! Embora boas literaturas sejam sempre bem-vindas, a prática é a verdadeira fonte de aprendizagem!

Nós da área de Executive Search da EXEC encontramos os profissionais de RI mais adequados a sua empresa, estratégia e valores. Entre em contato conosco!

Ricardo Welikson – Sócio EXEC

 

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