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A diversidade nos conselhos administrativos: por que essa premissa se tornou tão relevante?

 

Novos conselheiros da EXEC falam sobre os desafios que a agenda ESG ainda tem pela frente nos conselhos das empresas

 

Apesar de recente, a pauta ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em português) está se consolidando na agenda das empresas de forma acelerada. Como consequência, também passou a fazer parte da essência dos conselhos de administração das empresas, que, aos poucos, estão mudando o seu perfil, norteados, também, por esses princípios.

 

Com a transformação dos negócios, novos hábitos de consumo, o propósito de vida das novas gerações e tantos outros fatores que acarretaram mudanças culturais e sociais, as companhias estão cada vez mais comprometidas com o tema e o tornaram estratégico e prioritário ao entender a necessidade de levar essa realidade também para seus níveis mais altos de tomada de decisão. Afinal, o conselho faz parte da cultura corporativa e, sem seu engajamento, nenhuma mudança significativa acontece.

 

Olhando para a temática Social (S), os dados da pesquisa Diversidade nos Conselhos das Empresas Brasileiras, produzida pelo Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial (IBDEE), feita com mais de 60 conselheiros em todo o país,  indicam que apesar dos recentes avanços, a estrada ainda é longa. Dos cinco pilares de DE&I (Diversidade, Equidade e Inclusão, em português) – que inclui diversidade geracional, orientação sexual, questão racial, deficiência e gênero, somente os pilares gênero e geracional têm representatividade em mais da metade dos conselhos avaliados.

 

A questão da identidade de gênero, presente em 69% das organizações, é representada por duas ou mais pessoas, em 39% dos conselhos. Já a base geracional, presente em 74% das empresas, é representada por duas ou mais pessoas em 48% dos conselhos – segundo a pesquisa. 

 

– Se adequando à maré

Navegar contra a corrente predominante por tantas décadas não permite descanso: qualquer descuido gera um retrocesso. O trabalho de transformação dos conselhos tem sido árduo. 

Segundo o conselheiro da EXEC (maior consultoria brasileira na seleção e desenvolvimento de executivos e conselheiros), Jairo Okret, um dos mais reconhecidos headhunters do Brasil, o perfil do conselho “tradicional”, que era composto basicamente por “homens brancos, jantares e charutos” evoluiu  para um perfil cada vez mais diverso e profissionalizado, com responsabilidade, metas, estratégia e novas perspectivas. 

Como consequência dessa mudança, a seleção dos membros também se profissionalizou e a busca tem deixado de ter um crivo de indicações sobre pessoas próximas e passou para uma seleção mais ampla e estruturada, que busca membros com experiências diversas e que tenham aderência aos novos valores da organização e aos objetivos das cadeiras – cada vez mais conectados ao contexto ESG.

 

“Hoje o conselho tem a preocupação em agregar valor para as empresas com a escolha de profissionais que tenham sintonia com os demais membros, como também contribuam com novas ideias e pontos de vista. A diversidade é uma fonte importante de inovação”, explica Okret, que integra a nova geração de conselheiros da firma de executive search, que reformulou o grupo recentemente com foco ainda maior em diversidade e inclusão.

Neste movimento, a EXEC repaginou o seu Conselho e conta com profissionais com mais de 60 anos, negros, mulheres e com foco em inclusão de grupos minorizados. “Nós trouxemos diversas realidades que se complementam e tem nos provocado muito a abrir nossa mente para novas discussões”, afirma Cadu Altona, co-fundador e managing partner da EXEC.


– Pautas raciais

Uma das cadeiras do novo conselho da EXEC está sendo ocupada pelo conselheiro Fabio Santana, homem negro, que também é diretor de Diversidade, Gente e Gestão na Arcos Dourados, franqueadora do McDonald’s. 

Para ele, ainda é preciso desmistificar alguns equívocos, como a falta de esclarecimento entre o que é de fato diversidade e inclusão. “As pessoas tratam diversidade e inclusão como uma coisa só, o que não procede. A inclusão é um estágio superior ao da diversidade”.

No conselho da EXEC, a intenção é levar um pouco dessa expertise de lidar com a questão racial para discussão e elevação da diversidade dentro da própria estrutura da empresa, que já faz sua lição de casa, mas que ainda está nessa jornada evolutiva.

 

– A força da mulher

Indo para o segundo mandato no conselho da EXEC, a conselheira Lilian Guimarães acumulou uma forte experiência com pessoas ao longo de sua carreira executiva, encerrada em 2015, para dar espaço ao trabalho como mentora e conselheira. 

Ela conta que há várias décadas era difícil encontrar mulheres em posição gerencial, algo que foi mudando ao longo do tempo. “Elas já estão ocupando cargos ainda mais altos e marcando cada vez mais presença no conselho das empresas. Antigamente, eu cheguei a participar de conselhos nos quais eu era a única mulher presente na sala de discussão”, conta.

Para Lilian, a questão do gênero nos conselhos das empresas é um fator fundamental a ser levado em conta. “A presença delas traz diversidade não somente para o campo do gênero, mas sim para as ideias, pois homens e mulheres têm pensamentos distintos e juntos podem ser enriquecedores para os negócios”.

 

– Impacto e inclusão

Outro novo conselheiro da EXEC é Henri Zylberstajn, engenheiro de formação que viu sua vida mudar de rumo após o nascimento do  filho mais novo, Pedro, com  síndrome de Down. “Passei a ter uma visão diferente da vida, mais madura e consciente também em relação ao papel das empresas. As organizações precisam deixar de quererem ser as “melhores empresas do mundo”, para serem as “melhores para o mundo”, gerando um círculo virtuoso benéfico para todos os seus stakeholders, incluindo a sociedade e nosso planeta”.

Empreendedor social a partir de então, Henri pretende trazer um novo olhar para a EXEC no que diz respeito à diversidade e inclusão. “A EXEC trouxe para dentro de casa representantes de vários pilares da diversidade e inclusão, o que é um ponto de partida importante para essa jornada”.

Um dos objetivos, segundo Zylberstajn, é possibilitar à EXEC fazer um mapeamento do grau de consciência das empresas sobre o assunto. “Se o ambiente não está preparado, não adianta trazer pessoas com foco em diversidade para o time. Elas vão ser inseridas, mas não incluídas”.

 

– Entendimento profundo do negócio

Daniel Cunha ajudou a criar as raízes da EXEC. Durante vários anos atuou na linha de frente do negócio junto com os demais sócios da companhia e acompanhou todas as etapas de seu crescimento.

Para ele, o conhecimento profundo do negócio da EXEC é uma contribuição importante para o trabalho que está sendo feito pelo conselho da empresa, que, segundo Cunha, nunca foi tão diverso em termos de composição.

“É uma troca que integra contribuições bastante diversas que incluem desde executivos até empreendedores, sendo que estes últimos trazem uma visão setorial para aprimorar o trabalho feito pela EXEC”, ressalta.

Como membro do conselho, Cunha espera ajudar a EXEC a seguir pautada por uma agenda baseada em inovação, fazendo com que os seus profissionais possam “beber em outras fontes” para impulsionar o crescimento da companhia.

 

– Apenas o início do caminho

Para a EXEC, esse é apenas o início do caminho de um conselho pautado pela diversidade. A intenção é evoluir essa pauta, com a presença de cada vez mais pessoas que possam contribuir com diversas vertentes para reforçar a cultura da companhia e sua atuação no mercado.

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